VOLTA DO ESTADUAL
Carmélio fala em
reinício,
mas não arrisca data
Sindicato dos atletas
pede cautela; CBF sugere recomeço de estaduais dia 17 de maio com portões fechados
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Mauro Carmélio, presidente da Federação Cearense de Futebol |
Parado desde 15 de março, portanto há 45 dias, o Campeonato
Cearense deve recomeçar. Mas ainda não tem data ou previsão segundo o presidente
da Federação, Mauro Carmélio. No entanto, o reinicio num breve momento não tem
o apoio do Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado do Ceará, Safece.
Em entrevista ao Portal
Esportivo, Mauro Carmélio destacou a intenção da entidade na volta e
finalização do estadual da primeira divisão. Faltam duas rodadas para o fim da
segunda fase, além das semifinais e finais.
“Olha, quanto reinício do estadual, é certeza das vamos
voltar e o Campeonato Cearense vai ter a sua continuidade normal. São duas
datas da segunda fase, que estavam faltando, como também uma data da semifinal e mais duas
datas para finais. Ou seja, faltam cinco datas somente para o fim de nosso
campeonato”, disse Carmélio ao Esportivo.
O dirigente, porém, não arriscou uma data para esse retorno.
Carmélio destacou a vantagem em relação a outras federações do Brasil, tendo em
vista que a fórmula do Cearense (com dez clubes, oito na primeira fase, sem
Ceará e Fortaleza, e seis classificados na segunda junto com Vozão e Leão), foi
dividida, e deu condição para fazer o estadual paralelamente à Copa do Nordeste
(onde participam Ceará e Fortaleza).
Carmélio, no entanto, orientou o torcedor continuar ficar em casa e que o foco
por enquanto é a saúde do torcedor e atletas: “Queremos que o torcedor siga
fique em casa e acompanhe as informações. Sobre o que vai ser o nosso futuro
dentro do futebol, peço ao torcedor que nesse período siga revendo os melhores
momentos, relembrando, conversando sobre nosso futebol cearense”,disse o
dirigente.
Lembrando que no
Ceará, decreto do governador Camilo Santana solicita o funcionamento apenas de
serviços essenciais para a população, como supermercados e farmácias. Havia uma
possibilidade de realizar jogos com portões fechadas, mas ela foi suprimida por conta da ampliação do número de
caso na pandemia
Sindicato pede
cautela
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Marcos Gaúcho, do Safece |
Embora haja movimentos, inclusive vindos de Brasilia do
Governo Federal e da CBF para que o futebol profissional volte o mais rápido
possível, ainda que com portões fechados, o Sindicato do Atletas Profissionais
do Ceará é cauteloso em relação ao tema, em virtude da alta dos índices da
pandemia da Covid-19 (coronavírus).
O presidente do Safece, Marcos Gaúcho, declarou nesta semana
à imprensa de Fortaleza (Jornal O Povo), que é preciso segurança para a volta
da bola rolar no estado.
“A gente entende que sim, o futebol deve voltar, mas com
segurança. Acho muito cedo para que possamos ter uma resposta nesse sentido e
são fundamentais as informações que vêm dos órgãos de saúde. Tenho a convicção
de que deverá, em breve, ser criado um protocolo de segurança com relação a
nossa categoria”, falou Gaúcho ao jornal fortalezense.
Gaúcho analisou a possibilidade da volta mesmo com portões fechados ao
torcedor: “Mesmo com portões fechados, envolve grupos de trabalho, não só
atletas, mas comissão técnica, diretoria e isso são riscos iminentes, com
aglomerações e possibilidade de contágio. A gente aguarda um posicionamento
oficial dos órgãos de saúde para que a gente possa discutir isso com os
atletas”, ressaltou o dirigente do Safece.
Reunião: CBF projeta reinício
para 17 de maio
Um encontro realizado dia 27 de abril por videoconferência
entre dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol, federações e clubes
discutiu a possibilidade da volta do futebol. A CBF sugeriu a volta aos treinos
dos clubes em maio, quando terminam as férias coletivas dos clubes da primeira
divisão do Brasileiro e sugeriu uma conversa entre federações e autoridades
sanitárias de cada estado.
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Rogério Caboclo, presidente da CBF |
A CBF orientou uma data de reinício dos estaduais
para 17 de maio e descartou o cancelamento dos campeonatos e que os jogos sejam
com portões fechados com jogos me menor intervalo de duração ou sede única. A
entidade, segundo o presidente Rogério Cabolco, se diz preocupada com a parte
econômica, por conta de patrocinadores, e a estrutura em geral, folha de
pagamento dos clubes e frisou a questão do colapso já presente no futebol:
"A CBF está preparada para retomar as atividades do
futebol no menor prazo possível. A maior contribuição que a instituição pode
dar é manter a estabilidade das competições, garantindo aos clubes os recursos
previstos em seus contratos”, concluiu Caboclo.