"Passando a limpo os primeiros
adversários do Brasil na Rússia
A Copa 2018 na Rússia,
já está na área. Precisamos de muita atenção, quando comentamos uma Copa
do Mundo. Nessas andanças pelo mundo da bola, tivemos a oportunidade de
assistir, comentar, observar tecnicamente, seja oficialmente, ora como
convidado ou como observador da Concacaf e da Fifa, oito Copas do Mundo.
E essa
Copa não será diferente. Não teremos jogo fácil. Teremos uma estrada longa pela
frente e a preparação é muito importante para todas seleções. Mas para nós pais
do futebol e muito importante. Aqui falamos da Copa da Russia com oito chaves
de quatro seleções.
E o Brasil está no grupo E, ao lado de Suiça, Costa Rica e
Sérvia. Não tem moleza, embora seja um grupo mais tranquilo, se comparado a
outros, como os grupos da França, de Portugal, mais difíceis. Mas o Brasil vai
conseguir se classificar para a próxima fase, e esperamos que chegue à final,
que é a expectativa e esperança da volta por cima, depois da decepção que
sofremos em 2014.
Brasil ajustado
A seleção brasileira esteve bem ajustada com o Tite na fase
de classificação da Conmebol, cresceu taticamente e foi bem montada. Um grupo
de jogadores muito bons, e tem talentos como Neymar, Gabriel Jesus entre
outros. No entanto é complexo analisar uma Copa do Mundo, mas acreditamos que
não será fácil.
Suiça: uma estreia difícil
O Brasil enfrenta a Suiça no primeiro jogo, uma partida
difícil. Uma seleção que vem jogando num 4-1-4-1, com algumas variações; uma
seleção que toca bem a bola, marca bem e é um time muito forte fisicamente. Uma
seleção que conta com muitas jogadas ensaiadas, e contra o Brasil certamente
virá com sede ao pote. Uma seleção que conta com jogadores de qualidade como o
meia Xhaka, do Arsenal, outro meia Behrami, da Udinese. Um time bem formado e
que vai dar trabalho ao Brasil nessa estreia e na Copa.
Costa Rica: seleção quatro anos mais experiente
A Costa Rica é o segundo adversário do Brasil, e oferece um
rastro, um perigo, porque embora quatro anos mais veterana, foi um dos
destaques da Concacaf e surpreendeu no último Mundial. Nesta eliminatória
encarou bem Estados Unidos, México. Uma seleção que conta com jogadores como o
atacante Bryan Ruiz, do Sporting, um bom meia Bolaños, assim como o ótimo
goleiro Keylor Navas, do Real Madrid. Um time que vai dar trabalho.
É um time que
joga com bola no chão, que sabe sair jogando e conta com Keylor Navas, do Real
Madrid, entre os melhores do mundo. È uma seleção que adota o sistema
4-4-2, com variações para um 4-3-3.
Portanto, temos de ficar atentos pois é uma seleção que não veio apenas para
fazer figura e vai tentar passar para outras fases. Uma equipe que pode
surpreender. Um time que joga fechado e quando toca a bola e sai em
contra-ataques rápidos.
Sérvia: forte pegada e jogo aéreo
A seleção da Sérvia é de um futebol que vem da antiga Iuguslávia,
daquela escola, que já venceu o Brasil numa decisão sub-20. È uma equipe que
toca muito bem a bola, e usa muito bem os contra-ataques. Um time composto por
jogadores fortes fisicamente e pode dar trabalho ao Brasil na terceira partida
do Mundial.
Os sérvios adotam o sistema base 4-1-4-1, com outras variações.
Trata-se de uma seleção bem compacta, que marca muito forte, joga muito duro.
Uma seleção que utiliza bastante as bolas aéreas. Não é uma equipe com
estrelas, mas o forte desta seleção sérvia é o conjunto. Pode surpreender, se o
Brasil facilitar. Mas acreditamos que o time brasileiro deverá passar pelos
sérvios.
Brasil e Suiça, os cotados
Enfim, neste grupo E,
destas quatro seleções, acreditamos, embora Mundiais tenham surpresas, que
poderão passar para a segunda fase da Copa da Rússia, Brasil e Suiça. E mais a
frente vamos projetar o que espera o Brasil. Esperamos um Brasil mais humilde e
com esse trabalho sólido do Tite, para chegar e brigar pelo título.Obrigado e
até a próxima...
MARCOS FALOPA - É treinador com formação UEFA Pro e coordenador técnico de futebol com mais de 40 anos de experiência no futebol brasileiro e no futebol internacional, em Clubes e Seleções Nacionais. No Brasil, trabalhou no Santos FC, SE
Palmeiras, AA Ponte Preta, Marilia, Penápolis, União de Mogi, etc. No exterior, trabalhou com as Seleções
Nacionai da África do Sul, Omã, Mianmar e diversas Seleções Nacionais no
Caribe. Tem ministrado Cursos e Conferencias Internacionais de Futebol pela
FIFA, CAF e CONCACAF. Esteve em oito Copas do Mundo como Observador e Analista
Técnico. Escreveu um livro técnico “The
Brazilian Way to Play Soccer”, recomendado pela UEFA e FIFA.